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Entrevista com Fabio Laguna

Atualizado: 19 de jun. de 2021



Há cerca de três anos fui convidado por Nilton Corazza para participar do "Festival Teclas & Afins e IT&T", uma espécie de workshop com tecladistas, no auditório "89 FM Music Hall - EM&T", em São Paulo, naquela época localizado no bairro do Jabaquara. Meu tema era a recém criada banda Rick Wakeman Project. Aceitei sem hesitar. Tratava-se de um ótimo evento, e, além disso, teria a oportunidade de conhecer pessoalmente os outros convidados, isto é, Rosana Giosa, Fernando Cardoso e Violeta de Outono, Junior Carelli e Fabio Laguna.


Poder ver e ouvir de perto o trabalho de cada um dos tecladistas foi uma ótima experiência, principalmente porque eram eles justamente os focos das apresentações, e, assim, abriu-se a possibilidade de perceber com riqueza de detalhes cada performance. Nos bastidores, conversei bastante com todos, principalmente sobre equipamentos, bandas, projetos, enfim, assuntos relacionados à música, como não poderia deixar de ser. Com o encerramento do Festival, iniciei a desmontagem do meu setup, composto naquele dia por três teclados (nord stage 2 Ha88, Minimoog Voyager performance edition e Clavinet Hohner D6), além de um visual mixer (Edirol P10) e algumas estantes, e após acomodar todos em seus respectivos cases, enrolar os cabos, e tudo o mais, isto é, depois de transcorrido tempo considerável, olhei em volta e percebi que estava praticamente sozinho naquele ambiente: o público já deixara o local, bem como praticamente todos os músicos já tinham se despedido, só restando ali eu, Nilton Corazza e Fabio Laguna. As luzes do auditório estavam apagadas, e acesas estavam apenas as do palco. Quem conheceu o anterior edifício que abrigava a EM&T, sabe que o auditório se situava no último andar, e, assim, alguns lances de escada ainda me aguardavam. Para dizer a verdade, eu já estou acostumado com a solidão ao deixar os locais dos shows, porque geralmente sou sempre o último a sair, mas naquele dia eu tinha a companhia de mais duas pessoas! sensacional! (risos) É claro que isso se deve ao fato de carregar comigo sempre grande quantidade de equipamentos, onde quer que eu vá, qualquer show ou workshop que seja, muito mais uma exigência minha do que necessariamente uma regra a se cumprir. E, como já mencionado, naquele dia Fabio Laguna ficou me aguardando, e, soube por ele que o objetivo único era mesmo me ajudar a transportar os equipamentos para o meu carro, e, assim, de fato, ocorreu. Posteriormente, ao nos despedirmos em frente ao prédio da EM&T, horas após o sol se por, soube por Laguna que ainda viajaria até Mococa, cidade onde mora e distante cerca de duzentos e setenta quilômetros de São Paulo. Assim conheci esse músico formidável, e esse gesto de amizade jamais esqueci.


A seguir, minha conversa com Laguna, na íntegra.


  • Como tudo começou?

Não tenho formação acadêmica musical. Frequentei aulas de música por duas vezes... A primeira foi de carona com o meu irmão mais velho. Era aula de órgão eletrônico, escrita convencional. Fiz pouquíssimas aulas, talvez dois meses... A linguagem gráfica da música me desanimou um pouco. A segunda vez foi quando quis me preparar para fazer o exame da OMB, bem no comecinho da minha carreira profissional, lá por 1993... Então fiz um breve intensivo teórico de música e acabei colando tudo de um maestro que estava ao meu lado na hora da prova. Já teclado mesmo, infelizmente, nunca estudei de forma acadêmica. Sou formado em Direito e acabei por fazer da música meu ofício até aqui.


  • Quais músicas estão presentes em suas playlists, daquelas feitas para se ouvir no carro?

A gente vai mudando com o passar dos anos... Não consigo mais ouvir tanto Iron Maiden. E é normal a gente querer se renovar, experimentar e conhecer novos conceitos e movimentos. A maior influência sem dúvida foi a familiar. A decisão de seguir uma carreira artística saiu de casa, do apoio dos pais e do contato com meu irmão mais velho, que já era mais ligado nesse universo tecnológico e musical. Ele tocava teclado e se interessava demais por computadores e eletrônica. Foi através dele que conheci a música eletrônica, bandas como New Order, Information Society, Front242, etc, etc. O rock’n’roll só chegou um pouco depois. Foi quando conheci a tríplice trindade Emerson Wakeman Lord, que obviamente são grandes influenciadores na minha personalidade musical até hoje. Não ouvi muito jazz nem música clássica na vida. São estilos que ouvi e ainda ouço com curiosidade, mas um mundo que não quis me enveredar muito nas teclas.

  • O que você gosta de tocar em casa?

Curto tocar Deep Purple. É visceral (risos). A simplicidade harmônica sofisticada dos pianos do Queen também me atrai bastante... No mais, às vezes uma música de um estilo que a gente evita pelo conteúdo lírico apelativo, ou só porque o estilo não atrai mesmo, pode ser divertida de se executar. Tive oportunidade de ter que tirar alguns sons do Wesley Safadão, por exemplo. Eu nunca ouviria o material dele em um churrasco na minha casa, ou dirigindo... Não me agrada, mas respeito... E quando você vai tirar as músicas do cara, percebe que tem gente muita talentosa por trás. Há arranjos bem elaborados, por vezes difíceis de executar, por vezes até exagerados... Mas quem somos nós, amantes do rock progressivo, pra falar de exagero? E daí, acaba sendo legal de tocar, e o conteúdo lírico acaba passando despercebido perante o som. Eu torcia o nariz em tocar The Doors... Sei lá, hoje em dia acho chato de ouvir. Mas quando a gente toca The Doors como deve ser, fazendo os baixos na mão esquerda, o negócio fica divertidíssimo.


  • Sobre suas composições, gosto bastante de Rucula'n'Rum, bem divertida!

Do meu disco solo, de 2001, curto bastante a música Austellus. Ela é bem viajandona... Começa com uma harmonia flutuante sobre um dedilhado de violão, depois vem um solo bem “molhado” de soft lead. Já do disco Freakeys, a última faixa é Rucula’n’Rum. e o tema principal dela é divertidamente genuíno.


  • Não vou pedir para você elencar todas as bandas que já participou, devem ser muitas!, então, cite somente as principais, se preferir.

Realmente foram muitas, não consigo me lembrar de todas (risos). Talvez umas cem, se contar somente projetos com continuidade, como produções itinerantes, bandas de baile, de blues, de pagode, de axé, de marchinha, pra tocar na zona (risos). Claro que a maioria desses grupos foi constituída apenas para algumas ou até uma única apresentação. Bandas montadas pra festivais, por exemplo. Ou para carnaval, ou algum evento corporativo... Então realmente não conseguiria me lembrar de todas as formações que fiz parte. Atualmente faço parte de quatro grupos principais, que costumavam trabalhar com uma frequência legal até a chegada da pandemia. O primeiro é com a galera do Edu Falaschi, com quem tenho viajado mundo afora novamente, desde 2017. Aqui na minha região, giro bastante com a OFFicina do sON, que é uma banda com a mesma formação desde 2001, então, temos um repertório bastante abrangente e que atende desde encontro de motociclistas até formaturas, casamentos... Também faz uns cinco anos que sou integrante da banda Alice Não Mora Mais Aqui, que também atua na minha região em bares, eventos corporativos, etc. Por fim, ainda sou integrante da banda gaúcha de heavy metal Hangar, que no momento não está em atividade também. Fora isso rola muito freelance ou participações...


  • No primeiro semestre de 2019, na casa Tom Brasil, juntamente com Aquiles Priester (bateria), Raphael Dafras (baixo), Diogo Mafra (guitarra) e Roberto Barros (guitarra), você participou da gravação do CD e do DVD "Edu Falaschi – Temple of Shadows in Concert", em comemoração aos quinze anos do lançamento do álbum "Temple of Shadows", certamente um dos mais celebrados da banda "Angra", conte-me sobre essa experiência.

Foi uma noite mágica. Uma gravação de um DVD ao vivo é algo muito mais complexo do que um simples show. E neste caso havia duzentos profissionais trabalhando no local entre músicos, técnicos de som e luz, convidados, e etc. Ou seja, a chance de alguma coisa dar errado era imensa, mas tudo foi perfeito. A começar porque fizemos um show de três horas ininterruptas e não precisamos tocar novamente nenhuma música, como é de praxe em uma gravação ao vivo. Nenhum cabo falhou, não houve nenhuma falha técnica da equipe ou do equipamento e nenhum erro grotesco dos músicos que justificasse ter que tocar novamente uma música. Pra quem esteve presente, parecia um show normal. Em relação às participações, foi uma noite estrelada... Teve o Maestro João Carlos Martins, Kai Hansen, Michael Viscera e muitos outros medalhões da música. No caso do Guilherme Arantes, foi uma emoção a parte. Além de realmente dividir o palco com ele, tive o privilégio de assistir ao seu momento solo logo atrás das coxias... Confesso que até chorei. São esses momentos que justificam toda ralação que é a nossa carreira.


  • Como foram os preparativos para essa gravação, considerando, principalmente, a participação da Orquestra Bachiana Filarmônica, regida pelo maestro João Carlos Martins?

O Edu é um cara muito focado nos seus objetivos e trata as pessoas que trabalham com ele de forma muito humana. Nós temos tocado juntos novamente desde 2017, e o clima dentro da banda é extremamente amistoso. Para gravar esse DVD já estávamos nos preparando com muitos meses de antecedência, até porque estávamos viajando com um quarteto de cordas e tocando grande parte do repertório que seria gravado. Então quando chegaram os ensaios da gravação com a orquestra completa, a banda estava afiadíssima e com certeza esse foi um ponto crucial para o sucesso daquela noite. A gente entende que é um desafio diferente para um orquestra acompanhar o repertório que foi registrado e precisávamos estar entrosados para oferecer segurança para eles.


  • Instrumentos vintages ou atuais?

Eu adoraria ter instrumentos vintage, mas tenho outras paixões na vida além da música. Não conseguiria investir tanto. Tenho que usar os atuais para conseguir atender às demandas do meu trabalho.


  • Quais suas marcas prediletas de teclados? Algum modelo em especial que você considera eterno?

Sou Korgueiro assumido! O sistema de paginação da KORG é o mesmo desde o meu primeiro modelo deles, que foi um M1. E de lá pra cá esse sistema se aperfeiçoou demais! É super intuitivo e funcional... Em minhas últimas turnês usei como teclado principal um KORG Kross II, que é uma workstation de entrada completa, que pesa menos do que 3 quilos, que dá pra socar na cabine de um avião, em um bag (risos). Surreal! Piano acústico nunca tive... Uso TP88 da TOKAI... E faz tempo que não uso outras marcas... Dos teclados que passaram em minhas mãos, o que tenho mais saudades, talvez pelo longo período que o usei, é o KORG Triton Extreme.


  • Qual seria o setup que você formaria, com no máximo seis teclados?

Certo. Pensando em máquinas que já usei e sendo reducionista... Um KORG Kronos como unidade principal, porque ele é simplesmente espetacular; um KORG SV-2 para as partes de piano; um KORG R3 para monofreakisses e baixos, um TOKAI TX-5, porque é um órgão nacional de muito respeito!


  • Uma conquista da qual se orgulha?

Ter uma parceria com a marca de teclado mais top do mundo, a KORG, tem um significado muito especial pra mim. Eu estive mega midiaticamente exposto nos meus tempos de Angra e mesmo assim não conseguia uma “benção” do representante nacional da marca. Eles tinham uma política de endorsement diferente... De repente, numa fase muita dura da minha vida, lá por 2010, eles me estenderam a mão. Eu já estava quase desistindo da música quando isso aconteceu e acabou sendo um baita empurrão pra seguir adiante.


  • Diga-me como você lidou com uma situação difícil.

Entre 2012 e 2015, mais ou menos, as coisas não estavam fáceis na carreira. Para ser sincero contigo, estavam bem mais difíceis para mim do que o presente momento, com essa pandemia. Por três meses naquela época, parei com a música. Procurei um trabalho que me mantivesse na estrada. Então me tornei representante comercial de um grupo de empresas que vendia café, biscoito de polvilho e doce de leite (risos). Foi uma experiência muito bacana conhecer o mundo corporativo em essência. Não que a música também não seja... Eu ficava rodando pelas cidades da minha região visitando padarias, mercados, distribuidores de alimentos, etc, etc... Eventualmente me reconheciam e ficavam espantados (risos). É a vida... Não tenho vergonha de trabalhar... Uma vez, em um carnaval, um metaleiro me reconheceu, chegou à beira do palco e perguntou, berrando, com aquela arrogância típica de quem só ouve rock: “o que você está fazendo aí?”; de bate pronto eu gritei de volta lá de cima do palco: “Estou trabalhando, e você?”.


  • O que te motiva?

Estrada, estrada, estrada... O show em si é sempre mecânico. Até chegar o momento da aparição pública em cima de um palco, a gente já teve que ouvir o repertório, aprender o repertório, ensaiar o repertório, ensaiar a performance, pegar taxi, uber, van, avião, trem, ônibus, passar som, fazer a barba e colocar aquela roupa supimpa... “só” pra fazer aquele show de duas horas lá no interior do Piauí... Ou seja, o que me motiva a fazer todo esse protocolo inerente ao nosso ofício é estar na estrada.


  • Utilizo o aplicativo "Strava" para monitorar minhas caminhadas diárias, que é uma espécie de rede social também, e por ali vejo suas performances, sempre na região de Mococa, e esse ano você já percorreu de bicicleta mais de três mil quilômetros! excelente, não? Você tem outros hobbies?

Sério? três mil quilômetros? não sabia! ótima notícia! (risos). Bom, além de moutain bike e esportes outdoor em geral, também jardinagem.


  • O que te deixa desconfortável?

Adulação. Gosto de ser tratado como uma pessoa normal sempre que possível, embora seja muito grato pelos elogios e por todo carinho que recebo de quem acompanha meu trabalho.


  • A revista mensal Roadie Crew, especializada em heavy metal e rock clássico, anualmente publica o resultado da votação dos seus leitores para eleição dos melhores músicos de cada instrumento, e você marca presença, ano a ano, geralmente como o melhor tecladista do cenário nacional. Como você lida com isso?

Na real, essa é uma pesquisa de consagração pública dentro do universo nacional da música pesada, e não uma pesquisa que diz respeito às qualidades técnicas musicais dos participantes. Grande parte da galera que vota não entende nada de música. Como podem escolher o melhor em tal instrumento? Tem muito músico foda que não teve a exposição que tive, e só por isso não figura na lista dos “melhores anunciantes do ano”, como costumo brincar... Óbvio, tenho uma gratidão enorme por se lembrarem de mim. Isso é motivador demais! E claro que excelente para os negócios.


  • O que você mais gosta e menos gosta em trabalhar com música?

A música me leva para lugares que raramente outra profissão levaria. Meu barato, como já disse, é a estrada! Sou estradeiro. O lado ruim é ser um trabalho sem uma regulação descente, com um órgão de classe que é uma piada e que nunca será levado a sério pela sociedade no geral. Nossa missão na Terra é vender ilusões. Vendemos o sonho da vida colorida, luminosa e pulsante, ébria, para as pessoas que picam cartão a semana inteira. Daí chega o final de semana, e lá estamos nós, com febre ou diarreia, mas com o sorriso no rosto para receber seres humanos que gastaram sua saúde e tempo em empregos dentro de repartições, oficinas, lojas... E por mais tristes que estejamos, nós nunca podemos desmitificar esse sonho. Quantas vezes padecemos no paraíso... Por vezes em cima do palco estamos sorrindo, porque ao menos fingir que estamos passando uma boa energia é uma obrigação do músico de palco, mas por dentro a nossa vontade pode ser estar longe daquele lugar cheio de gente bêbada e iludida (risos). Faz parte do jogo...


  • Como lidar com a internet? O que é interessante, e o que não vale a pena?

Ahhh, tem muita coisa legal pra se fazer né? Por exemplo, aulas online... Mesmo antes da pandemia esse formato já existia e será mais comum daqui em diante. A grande maioria das gravações também se tornou remota. Poucas bandas se encontram “inteiras” em um estúdio de gravação. Graças à internet a gente pode enviar arquivos colossais pelo mundo afora... Com exceção do disco Vera Cruz, do Edu Falaschi, que fui gravar presencialmente por ele morar próximo a mim, todos os álbuns que gravei nos últimos anos foram no meu pequeno estúdio dos horrores, que na verdade é uma despensa adaptada atrás da casinha do cachorro (risos). Agora... Não sei o que não vale a pena na internet... Cada um dá o passo que pode, ou que quer. Tem gente que se torna uma máquina de vender, coach, mentor, etc, etc... Eu uso minhas redes como uma necessidade inerente ao meu trabalho e pra mostrar a minha visão do mundo. Preferia não ter, mas daí obviamente estaria direcionando minha carreira musical ao esquecimento.


  • Qual o melhor conselho que você recebeu?

Não sei qual seria o melhor. Mas alguns que tive foram absorvidos no meio de bate-papos. Lá bem no comecinho da carreira, um grande guitarrista que toca comigo até hoje, o Beto Costa, me disse: “música boa a gente ouve em casa”. A lição que tirei disso foi: “quando sair de casa pra trabalhar (tocar), deixe o ego em casa”. Nossa missão é divertir a massa, somos “entertainers”... Por vezes as condições de trabalho não são as melhores, o público é apático, o repertório é escroto... Nada disso importa. Suba no palco e faça seu trabalho. Cumprimente e respeite os técnicos, se apresente, olhe nos olhos da plateia, esteja com seu equipamento em ordem... Muitos músicos e artistas se acham a última bolacha do pacote, ou o último dos mortais... É sofrido ser músico? Experimente apanhar café.


  • Algum arrependimento?

Não sei... Se soubesse que seria músico em boa parte da minha vida, teria estudado música lá atrás. Mas não chega a ser um arrependimento, porque se tivesse seguido pelo mundo acadêmico, minha história com a música seria outra. E sou muito grato por onde a música me levou até o momento, mesmo sendo um analfabeto musical funcional (risos).


  • O que vem a seguir em sua vida?

Por hora, musicalmente falando, continuarei nas aulas online e gravações. É o que posso fazer nesse momento de isolamento para me manter motivado a permanecer na carreira musical. Assim vou mantendo os dedos em dia, porque ainda acho que o futuro reserva muita estrada para mim. Não sei pra onde, e isso é a melhor parte do negócio. Deixa rolar...


  • O que você poderia dizer para quem pretende iniciar os primeiros passos no mundo da música?

Estude! Seja de forma acadêmica ou não, enriqueça seu vocabulário musical. Ouça de tudo! Não é proibido ouvir samba só porque você veste roupa preta. Os rótulos são legais, mas cuidado para não se alienar, vestir ideologias furadas. Não tenha preconceitos, musica é música, ruim ou boa, e música boa não tem estilo.




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